Presidente em exercício, Geraldo Alckmin exaltou o potencial de crescimento da relação comercial entre Brasil e China. Foto: Cadu Gomes / VPR

Na manhã desta quarta-feira, 17 de abril, o Brasil e a China se uniram em celebração pelos 50 anos de uma parceria sólida e crescente. A Conferência Internacional “50 anos da relação Brasil-China: cooperação para um mundo sustentável”, organizada pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) em colaboração com o Institute of Latin American Studies da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS), foi palco para reflexões sobre os avanços e desafios que marcaram essa trajetória bilateral.

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O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, ressaltou a amplitude e a profundidade das relações entre os dois países ao longo das últimas cinco décadas. “É difícil pensar em uma área na qual não haja uma parceria entre Brasil e China”, afirmou Alckmin, destacando a complementaridade econômica e comercial que caracteriza essa aliança estratégica. Desde infraestrutura até segurança alimentar, passando por transição energética e mudanças climáticas, o Brasil e a China têm encontrado oportunidades de cooperação que impulsionam o desenvolvimento sustentável de ambos os países.

Alckmin também enfatizou o momento econômico favorável vivido pelo Brasil, destacando o papel crucial desempenhado pela China nesse contexto. “O Brasil vive um bom momento, e a China tem um papel extremamente relevante nisso”, declarou o presidente em exercício, mencionando a queda do Risco Brasil, a redução da inflação e do desemprego, além do crescimento das exportações como indicadores positivos dessa conjuntura.

Os investimentos chineses no Brasil têm se mostrado cada vez mais significativos, abrangendo setores que vão desde a indústria automotiva até a energia renovável. Alckmin citou o Programa Mover como exemplo, no qual empresas chinesas como a BYD e a GWM têm desempenhado um papel fundamental.

O embaixador da República Popular da China no Brasil, Zhu Qingqiao, destacou o significado estratégico dessa parceria e o sucesso das últimas décadas de cooperação intensa e confiança mútua. O retorno e o aprofundamento das relações bilaterais foram ressaltados também por Dan SHI, diretora-geral do Instituto de Economia Industrial da CASS, que apontou para as novas oportunidades de colaboração em meio ao crescimento econômico chinês e aos projetos de neoindustrialização do Brasil.

O fortalecimento do relacionamento sino-brasileiro ao longo dos anos foi reconhecido pelo secretário da Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador Eduardo Paes Saboia, que enfatizou a ampla agenda de cooperação e os resultados concretos alcançados em benefício de ambas as sociedades.

O encontro também serviu como prelúdio para a VII Sessão Plenária da Cosban, marcada para os dias 5 e 6 de junho, em Pequim. A visita esperada do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil em novembro, promete fortalecer ainda mais os laços diplomáticos entre os dois países. A Cosban, composta por 11 subcomissões que abrangem uma ampla gama de áreas de cooperação, continua a ser um importante mecanismo de diálogo e colaboração entre o Brasil e a China, consolidando uma parceria que se destaca como exemplo de cooperação internacional para um mundo mais sustentável e próspero.

Silvano Saldanha/JN Libertti

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