Foto: (D.Zorrakino/AP)

Hoje, 25 de março de 2024, o ex-jogador da seleção brasileira, Daniel Alves, foi libertado na Espanha após cumprir 14 meses de prisão, desencadeando uma onda de debates e controvérsias em todo o mundo do futebol e além. A decisão, emitida pelo tribunal de Barcelona, marcou o desfecho de um caso complexo e profundamente impactante, envolvendo a acusação de estupro contra o renomado atleta.

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Motivo da Condenação:

Daniel Alves foi sentenciado a uma pena de 4 anos e 6 meses de prisão pelo crime de estupro, conforme determinado pelo tribunal de Barcelona. O caso remonta a um trágico episódio ocorrido em 2022, no qual o brasileiro foi considerado culpado de agredir e abusar de uma mulher no banheiro da boate Sutton, na cidade espanhola. Elementos de prova substanciais, incluindo lesões físicas na vítima, seu testemunho e evidências posteriores de trauma, foram fundamentais para a determinação da sentença.

Além da pena de prisão, o tribunal ordenou que Daniel Alves pagasse uma fiança de 1 milhão de euros (aproximadamente 5,4 milhões de reais) para assegurar sua liberdade temporária, enquanto aguarda o desenrolar dos recursos legais. Adicionalmente, uma indenização de 150 mil euros foi estabelecida para compensar os danos morais e físicos sofridos pela vítima, além das despesas processuais. O jogador também foi multado em 9 mil euros por lesão corporal leve, a serem pagos em parcelas diárias.

Liberdade Provisória e Condições:

A concessão da liberdade provisória impôs uma série de condições rigorosas a Daniel Alves, visando garantir sua permanência no país e evitar possíveis fugas ou contato com a vítima. Entre essas condições, destacam-se a entrega de todos os seus passaportes, a obrigação de manter uma distância mínima de 1 km da vítima e a proibição de deixar o território espanhol. Além disso, o jogador é obrigado a se apresentar semanalmente ao tribunal como parte do processo em curso.

Perspectivas Futuras:

A defesa de Daniel Alves tem o direito de apelar da decisão em duas instâncias judiciais: o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) e o Supremo Tribunal da Espanha. Enquanto aguarda o resultado desses recursos, o ex-jogador continuará sujeito às restrições impostas pela Justiça espanhola, mantendo-se no centro de um caso que provocou uma profunda reflexão sobre questões de justiça, responsabilidade e a cultura do estupro.

À medida que o mundo do futebol e a sociedade em geral acompanham de perto os desdobramentos desse caso, a liberdade de Daniel Alves marca não apenas o fim de um período de reclusão, mas também o início de um capítulo incerto e complexo em sua vida pessoal e profissional.

Silvano Saldanha/JN LIBERTTI

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